Última atualização: 03/10/2024 às 12:24:00
Em apoio à luta pelo fim da violência contra a mulher, a Justiça Federal na Paraíba (JFPB) aderiu ao Projeto "Banco Vermelho". A iniciativa prevê a colocação de bancos pintados na cor da campanha, com frases sobre o combate ao feminicídio e contatos de denúncia, como o número da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180). As primeiras instalações ocorreram na sede da JFPB, em João Pessoa, e nas subseções de Campina Grande e Monteiro.
Nos próximos dias, a iniciativa será ampliada para os prédios da JFPB em Guarabira, Patos e Sousa. O diretor do Foro da Seção Judiciária, juiz federal Manuel Maia, ressaltou que a Seccional abraçou esse projeto, a fim de promover a conscientização e incentivar a denúncia. “Além de ser um estímulo para que mulheres vítimas de violência quebrem o ciclo de agressão, a ação reforça o compromisso da Justiça em combater todas as formas de violação aos direitos fundamentais”.
Em âmbito interno, a JFPB conta com o Grupo de Apoio e Assistência às Magistradas e Servidoras em Situação de Violência Doméstica e Familiar (GAMS-PB), que oferece suporte às colaboradoras vítimas de violência doméstica, promovendo ações de conscientização e acolhimento dentro da Instituição.
Dados
De acordo com o boletim “Elas Vivem”, da Rede de Observatórios da Segurança, 586 mulheres foram mortas em 2023, vítimas de feminicídio em oito estados brasileiros. Isso representa uma morte a cada 15 horas, evidenciando a necessidade de políticas públicas eficazes e iniciativas como a campanha “Banco Vermelho”, que segue os parâmetros da Lei Federal 14.942/24, sancionada em 31 de julho de 2024.
A campanha foi inspirada em uma iniciativa internacional, iniciada na Itália em 2016. No Brasil, ela foi trazida pelas recifenses Andrea Rodrigues e Paula Limongi, que fundaram o Instituto Banco Vermelho (IBV). O IBV realiza intervenções urbanas, palestras e ações tecnológicas para apoiar vítimas de feminicídio e conscientizar a sociedade sobre o tema.