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  • II Encontro Regional destaca importância da escuta na prevenção ao assédio e à discriminação
    Última atualização: 09/05/2025 às 15:33:00


    Evento acontece nos dias 8 e 9 de maio na Sede e Subsede da JFPB

    Com foco na melhoria do acolhimento institucional de vítimas de assédio e discriminação, o II Encontro das Comissões de Prevenção ao Assédio e à Discriminação da Justiça Federal da 5ª Região promoveu, na manhã desta sexta-feira (9/05), uma oficina sobre escuta segura, triagem e encaminhamentos adequados aos casos de sofrimento gerados pelos relacionamentos nos ambientes de trabalho. O evento reúne magistrados(as), servidores(as), terceirizados(as) e representantes das comissões, na subsede da Justiça Federal na Paraíba (JFPB), localizada no edifício Duo Corporate Towers, em João Pessoa. 

    A servidora da Justiça Federal em Alagoas (JFAL) e psicóloga clínica Vilma Rios Cabral Victal conduziu a capacitação, destacando aspectos como trauma, validação emocional, limites da escuta, identificação de quadros com potencial incapacitante e condutas esperadas dos membros das comissões e gestores. “Escutar é também uma forma de cuidar. Não se trata de resolver, mas de acolher o silêncio, o choro, a confusão — sem tentar apagar a dor do outro”, afirmou. 

    A psicóloga ressaltou que o trauma não desaparece com o tempo, pontuando que, quando são relacionados ao ambiente de trabalho e provocam afastamento, o retorno a esse espaço exige atenção. “Mesmo sem risco atual, o corpo pode reagir como se o perigo ainda existisse. Isso não é fraqueza; é sobrevivência”, explicou. 

    Outro aspecto abordado foi a necessidade de romper com a lógica jurídica no trato com o sofrimento emocional. “A lógica jurídica busca o culpado, define o erro, aplica a pena. Mas essa lógica não serve para quem sofre. Quando alguém chega em sofrimento, não quer sentença, quer ser ouvido. O que importa não é o que aconteceu, mas o que aquilo significou”, observou Vilma. 

    A oficina contou com uma participação ativa dos integrantes das comissões, tanto nas atividades práticas quanto na construção de soluções para o acolhimento de vítimas.  

    De acordo com a juíza federal Madja Moura, membro da CPAMAS do TRF5, os assuntos abordados durante a capacitação serão multiplicados para toda a Região. “Esse tipo de Encontro permite que as experiências diversas sejam trocadas e, posteriormente, difundidas e multiplicadas. Uma coisa muito importante a se dizer sobre o assédio é que falar já é a melhor forma de prevenção”. 

    O evento faz parte da agenda nacional do Poder Judiciário e reforça o compromisso institucional com a prevenção e o combate às diversas formas de assédio e discriminação no ambiente de trabalho. 

     


    Por: Divisão de Comunicação Social do TRF5





     

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