A Justiça Federal na Paraíba (JFPB) promoveu, até a última terça-feira (10), o curso “Soluções de IA Generativa Aplicadas ao Judiciário: Técnicas Básicas e Avançadas de Estruturação de Prompt". A qualificação, iniciada no dia 09/06 em João Pessoa, capacitou 32 magistrados(as) e servidores (as) da Instituição. 

A atividade, vinculada ao Programa de Capacitação da Esmafe-PB, foi conduzida por Náiber Pontes de Almeida – juiz auxiliar da Corregedoria e Gestor dos Sistemas Judiciais do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). O magistrado é também integrante do "Projeto Sinergia", uma iniciativa do TRF1 que, desde 2024, vem atuando na implementação estratégica da Inteligência Artificial (IA) nas atividades judiciais da 1ª Região. 

O curso abordou desde os fundamentos da IA generativa e o uso inicial do ChatGPT, até aspectos como segurança da informação, ética e regulamentação. Um dos focos principais foi a construção prática de prompts eficazes para desenvolver assistentes virtuais especializados na análise processual e na elaboração de minutas de documentos jurídicos, demonstrando o potencial transformador da IA no cotidiano da Justiça. 

O diretor do Foro da JFPB, juiz federal Sérgio Murilo Queiroga, enfatizou o objetivo central da capacitação. “Nosso propósito é fomentar o uso responsável da IA e dos recursos de automação, contribuindo diretamente para o aprimoramento funcional das equipes e, consequentemente, para a prestação jurisdicional na ponta”.  

A relevância da IA para o serviço público foi destacada pelo diretor da Esmafe-PB, juiz federal Bruno Teixeira de Paiva. “Precisamos construir um futuro em que as instituições não só compreendam a importância de incorporar a Inteligência Artificial, mas também demonstrem a capacidade de implementá-la de maneira ética e responsável. É fundamental que essa tecnologia esteja genuinamente voltada para o benefício coletivo, permitindo que as inovações sirvam verdadeiramente ao cidadão que busca por justiça”.  

O vice-diretor do Foro, juiz federal Rogério Roberto Abreu, ressaltou o papel da formação contínua no processo de transformação digital da Justiça. “A inteligência artificial tem potencial para provocar uma nova revolução no nosso trabalho, tanto de magistrados quanto de servidores da Justiça Federal — e da Justiça como um todo. Essa capacitação representa o início de uma jornada que precisa ser contínua, pois a IA evolui diariamente", avaliou. 

 Durante as aulas, o instrutor Náiber Pontes de Almeida abordou a velocidade da evolução tecnológica e seus impactos. “Para nós, enquanto usuários da inteligência artificial, abre-se um universo totalmente novo — cheio de possibilidades, mas também de desafios. E isso exige um aprendizado constante. Nosso papel é contribuir para que magistrados e servidores tenham uma base sólida e segura para usar essas ferramentas com eficiência e responsabilidade", comentou.