A Justiça Federal na Paraíba (JFPB) aderiu, mais um ano, à campanha “Outubro Rosa”, movimento mundial de conscientização sobre o câncer de mama. Durante todo o mês, as fachadas da sede, em João Pessoa, e do prédio da Subseção de Campina Grande estarão iluminadas de rosa, cor que simboliza a iniciativa. O objetivo é reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para aumentar as chances de sucesso no tratamento.  

Além da iluminação, a JFPB vai compartilhar em seus canais de comunicação internos e externos materiais informativos sobre o tema. Dados apontam que o câncer de mama já é o tipo mais incidente entre mulheres no Brasil e no mundo (excluindo os tumores de pele não melanoma). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), até o final deste ano devem ser registrados cerca de 73.610 novos casos no país. No mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizou, em 2022, aproximadamente 2,3 milhões de novos diagnósticos e 670 mil mortes em decorrência da doença.  

Orientações - Diante desse cenário, o médico da Justiça Federal na Paraíba (JFPB), Diego Moraes, destaca que a atenção à saúde das mamas é essencial, já que o câncer pode ser assintomático. Por isso, mesmo sem alterações percebidas, é essencial realizar os exames de rotina na faixa etária recomendada. Segundo o profissional, o Ministério da Saúde (MS) atualizou, em setembro deste ano, o protocolo oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) para a mamografia, alinhando-se a recomendações já feitas pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e por entidades de oncologia.  

“A indicação para as mulheres é a realização do exame já a partir dos 40 anos e, quando acima dos 74 anos, a decisão deve ser individualizada, considerando saúde geral e expectativa de vida”, informou Diego Moraes, lembrando que “embora muito mais comum em mulheres, a doença também pode afetar homens, que devem procurar avaliação médica, caso identifiquem nódulos ou alterações na região peitoral ou, ainda, tenham histórico familiar".  

Sobre a prevenção, o médico reforça também a necessidade de ter hábitos saudáveis, pois estudos mostram que a alimentação equilibrada, a prática regular de atividade física e o controle do peso podem reduzir em até 28% o risco de desenvolver câncer de mama. “Esses hábitos fazem a diferença na prevenção, pois ajudam o corpo a resistir a muitos fatores de risco”, pontuou, ao informar que a amamentação também é considerada um fator de proteção. 

Tratamento no SUS - Conforme o Ministério da Saúde, o SUS oferece todos os tipos de tratamento para o câncer de mama, incluindo cirurgias (mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária), radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia com anticorpos. A Lei nº 12.732/2012 garante que o paciente inicie o primeiro tratamento no SUS em até 60 dias após o diagnóstico em laudo patológico, ou em prazo menor, se necessário.  

Saiba quais são os principais sintomas da doença: CARD - OUTUBRO ROSA (1).pdf